Fanfiction_Um Caminho Diferente_Capitulo 04

Notas Iniciais do Capitulo :
"Poucos comentários semana passada,  D:  *deprimida* então,espero que curtam esse capitulo  :3 os anteriores estão aqui no site,na parte Fanfiction la em cima <3 "

Capitulo 04 - Conhecer

Saí de minha sala e ele continuava andando no corredor, corri para o alcançar mas me mantive a uma certa distância, Hibari caminhando de costas pelos corredores da escola era bem diferente do Hibari que me colocou para dentro de casa... É como se ali, no colégio Namimori, ele tivesse obrigação de passar aos alunos superioridade.

—Sede? — perguntou.

Assenti com a cabeça, e quando notei, estávamos virando o corredor para a saída lateral da escola, ali haviam algumas maquinas de lanches e refrigerantes ao lado de uma pequena mureta, do outro lado da mureta tinha uma área grande, provavelmente pros alunos se sentirem a vontade durante os intervalos.

Para o presidente do comitê, imaginei que Hibari fosse se... “Comportar”, apoiei-me ao pequeno muro, onde daria para eu me sentar se me esticasse mais e esperei que ele pusesse uma moeda na máquina, estava até pensando em dar alguma moeda minha e pagar meu refrigerante, no lugar disso... Hibari deu um chute no lado esquerdo da máquina que fez o estrondo de um trovão, eu quase caí pra trás.

E, sem muita escolha, a máquina liberou dois refrigerantes. Um fato, aquilo me assustou, mas eu resisti ao impulso de sair correndo. Hibari me entregou o refrigerante em mãos e parou ao meu lado, sentando-se no pequeno muro. Afastei o refrigerante de meu corpo e o abri, saiu um pouco de gás — talvez por ter chacoalhado, não sei — mas nada demais, o levei a boca e esperei.

Esperei que ele começasse nossa conversa, como sempre.

—Você não pensou em voltar? — falou, finalmente.

—Voltar?

—É, pra seja lá o que tenha te decepcionado no passado, não vou acreditar que você passou a vida toda ao lado de Mukuro, ele te tirou de algum lugar — explicou — quando se viu sozinha, não pensou em voltar? — terminou e com isso, suspirei.

—Não tenho para onde voltar — respondi — Mukuro me salvou da morte, minha mãe negou-se a fazer um transplante e salvar minha vida, então oficialmente eu morri.

—Com direito a tudo?

—Tudo o que?

—Você hoje... Nome falso, essas coisas? — questionou.

—Sim, mudei meu nome, cortei o cabelo, o tapa-olho foi necessário — suspirei — eu tinha que mudar, até por que mesmo que eu continuasse lá... Eu não iria conseguir viver com o fato de que minha mãe... Preferiria que eu tivesse morrido.

—Um anagrama do nome dele, bem inteligente, eu achava que era apenas paixão. — brincou, quase ouvi sua risada, Hibari deu um longo gole no refrigerante.

—Paixão? — Hibari assentiu, eu sabia do que ele falava, mas não iria insistir — pra falar a verdade no início era, mas até gosto do nome agora — respondi, rindo — e... Essa paixão, acho que vou deixar pra lá. — Hibari me encarou, e o encarei de volta diretamente nos olhos — se fosse verdadeiro, eu não seria deixada de fora, não é?

—E se ele voltar?

—Eu penso nisso só se ele voltar — respondi.

Virei-me de costas, na direção do campo, apoiada na mureta. Por mais que o assunto — minha vida, Mukuro-sama, a minha história — fosse algo totalmente delicado pra mim, eu não me senti aflita, não senti como se... Tudo aquilo fosse para me ferir... Acho que falar com Hibari me fez bem, pois mesmo a minha maior ferida não doía.

—Como você morreu? — perguntou.

—Atropelada — respondi — tentei salvar um gato.

Hibari levantou-se, continuei virada para o campo, ouvi-o jogar a lata no lixo e eu nem havia chegado na metade da minha, suspirei. Naquele momento achei que Hibari iria me deixar ali e ir embora sem dizer nada, como ele tinha o costume de fazer, ao invés disso ele pulou o pequeno muro, indo em direção ao nada do campo.

Pisquei duas vezes, seguindo-o. Pulei o muro meio atrapalhadamente, mas consegui sem fazer nenhum ferimento, e segurando minha lata o segui, Hibari procurou uma das poucas arvores e deitou-se embaixo dela, na sombra. Ajoelhei-me ao lado dele, que parecia se ajeitar para dormir, pondo o braço sobre os olhos.

—Não vai assistir aula?

—Não preciso — respondeu.

—Vai ficar aqui?

—Por enquanto — ele levantou o braço, me encarando — vá pra aula, no recreio estarei aqui.

Bebi mais um gole e me levantei, os alunos haviam começado a chegar em grande número, deixei metade do refrigerante ali e fui embora para a sala, correndo. Esperei estar nos corredores internos para deixar meu sorriso aparecer. Mas afinal, por que eu estava feliz? Por que ele havia confirmado que nos encontraríamos na próxima oportunidade? Só por isso?

Entrei na sala pensando em tudo aquilo, eu me sentia menos angustiada, menos... Triste por tudo. Eu contava os minutos.

Por :  Dots

"Primeiro, obrigada a galera dedicada que aparecem aqui todo sábado <3 e por favor gente divulguem e não esqueçam de comentar <3 até sábado que vem! "